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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Redução de Custos – Custo da Qualidade


Na busca de um melhor desempenho financeiro, as organizações procuram várias formas de atingir este objetivo, sendo que um deles é o controle de custos.



No atual contexto empresarial, as organizações empresariais buscam uma maneira de melhorar seu desempenho, via de regra visando a manutenção ou o incremento da lucratividade e rentabilidade no decorrer dos anos, de forma a perpetuar-se frente às contingências que surgem no decorrer de sua existência.

Uma das formas de conseguir alcançar estes resultados é através de um adequado controle dos custos existentes no processo de produção de um bem ou serviço, sejam eles quais forem. A natureza específica do custo dos processos que permitem a manutenção da qualidade apresenta-se como um fator de vital importância para as empresas.

Custos da Qualidade

Para o sucesso de um Sistema de Qualidade implantado em qualquer seguimento é necessário manter como aliado um sistema de custo que gere informações úteis para a tomada de decisões sobre as formas de atuação.

A falha em muitos sistemas que não conseguem se manter, embora seus resultados sejam significantes, está relacionada à falta de gerenciamento dos custos, não conseguem mensurar o quanto a empresa está investindo para mantê-lo e qual o retorno em prol da existência dele, além de não haver uma preocupação em analisar o comportamento desses custos. Para os diretores de uma entidade saber o quanto estão investidos é tão crucial quanto saber o resultado, por isso demonstrar de maneira qualitativa se torna uma forte arma para o progresso.

Surge então a necessidade de conceituar Custos da Qualidade, para que se poça identificá-los dentre os demais:

Os custos da qualidade (CDQ) são custos em que se incorre para prevenir ou corrigir a fabricação de um produto de baixa qualidade. Esses custos estão voltados para a qualidade da adaptação (...) (HORNGEM, FOSTER, DATAR, 2002, p. 485).
(...) os custos da qualidade são os custos que existem porque a má qualidade existe, ou pode existir. (HANSEN, MOWEN, 2001, p. 515)

De acordo com as definições acima citadas notamos que os custos relacionados à qualidade na realidade existem devido a má qualidade, ou seja, surgem para controlar falhas que possam vir a surgir ou para custear as falhas que já ocorreram. Portanto há duas categorias de custos: controle e falhas.

Os custos de controle se dividem em custos de prevenção e custos de avaliação e os custos de falhas em custos de falhas internas e custos de falhas externas. A figura abaixo apresenta graficamente a divisão dos custos da qualidade:
A análise dos custos se torna uma estratégia eficaz no desenvolvimento da organização. Uma das formas mais adotadas de Gestão de Qualidade está baseada na Norma ISO 9001:2000. A qualidade tradicional acabou se tornando em qualidade contemporânea, que aderiu a critérios de “erro zero” e melhorias contínuas. Neste aspecto, os custos da qualidade se dividem em custos de controle: custos de prevenção e avaliação e custos de falhas: custos de falhas internas e custos de falhas externas. Os custos da qualidade quando não gerenciados corretamente podem acarretar o efeito “Bola de Neve”, portanto, algo preocupante no contexto das empresas.

Aspectos teóricos relativos aos custos da qualidade


Nos últimos vinte anos a relação entre clientes e fornecedores se inverteu, pois até por volta de 1980 não havia a preocupação de satisfazer o cliente, quem ditava as regras era o fabricante, ou seja, as mudanças partiam dele para o cliente que as recebia sem direito de dar sua opinião. No entanto, a evolução da sociedade provocou uma oposição nesta relação, com o cliente passando a ser valorizado, iniciando-se um processo onde ele (o cliente) foi chamado de “o foco do negócio”. A preocupação em satisfazê-lo foi tomando conta do mercado, passando assim a ditar as regras, contribuindo para que surgissem novos produtos e que mudanças drásticas fossem realizadas. As empresas tinham plena consciência de que se não satisfizessem as exigências os concorrentes assim o fariam, que iam além de preço reduzido, mas era necessário ter qualidade, tanto em produtos como na prestação de serviços.

Na buscar de atender o mercado, as empresas começaram a investir na qualidade de seus produtos, criando departamentos que cuidassem especificamente deste processo. A qualidade tornou-se um fator indispensável dentro das organizações, onde:

Se os concorrentes estão aumentando a qualidade, então uma empresa que não invista na melhoria da qualidade provavelmente sofrerá redução de sua participação de mercado e das receitas. Nesse caso, a vantagem da melhor qualidade está em evitar receitas menores, não em produzir receitas maiores. (HORNGREM, FOSTER, DATAR 2002, p. 484)

O mercado reage de forma satisfatória às empresas que investem na qualidade de seus produtos, com certeza se um cliente tiver que escolher entre uma empresa com um padrão de qualidade reconhecido e outra que não possua, deverá escolher a empresa com o padrão de qualidade terá preferência, pois isto gera certo grau de confiança, que resulta na fidelização do cliente.

O ambiente em que atuam as empresas atualmente exige que elas desenvolvam métodos que reduzam os custos e aumente o lucro, de forma automática, a atuação de qualquer Projeto de Qualidade deve se guiar pela mesma prerrogativa, para que os objetivos sejam alcançados por ambos envolvidos.

Bibliografia Consultada: HANSEN, Don R., MOWEN, Maryanne M.. Gestão de Custos: Contabilidade e Controle. 3ª ed., São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
HORNGREN, Charles T., FOSTER, George, DATAR, Srikant M.. Contabilidade de Custos. 9ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2002.

Sugestão de Leitura:

Gestao de Custos Contabilidade e Controle

Autor: Hansen, Don R
Editora: Thomson Pioneira 
Páginas: 783
Ano: 2001
Sinopse: Utilizando modernas ferramentas didáticas, este livro apresenta um tratamento completo de abordagens tradicionais e contemporâneos para a matéria, apresentando, entre outros: perspectiva histórica, análise da cadeia de valores, sistemas de gestão e contabilidade de custos, custeio com base em atividades, efeitos just-in-time, gestão de custos por ciclo de vida, contabilidade por responsabilidade baseada em atividade e estratégia, custos de qualidade, produtividade, gestão estratégica de custos ambiental e teoria das restrições.

O livro traz, ainda, seções com foco no setor de serviços e discussões éticas que permeiam a atividade contábil.
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