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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Redução de Custos - "Economia do Palito de Fósforo"

No atual mundo globalizado, de abertura de mercado, concorrência predatória, quedas de barreiras alfandegárias e formação de blocos econômicos, aliados à lei da oferta e da procura, e por óbvio da livre iniciativa e da economia perfeita, a competitividade dos produtos fica mais do que nunca atrelada ao seu custo final. Custo, este, atrelado diretamente a forma de trabalho habitual utilizado por colaboradores, gestores, coordenadores e diretoria. Daí nasce a importância de se investir em programas voltados a redução de custos.


Logicamente a grande maioria dos custos de uma empresa está ligado diretamente as despesas necessária, que depende de pessoas que possuam um poder de barganha ou habilidades de negociação, e, as despesas desnecessárias, que muitas vezes de forma direta ou indireta, estão lincadas as pessoas que não possuem quaisquer conhecimento de negócio, acarretando prejuízos irreparáveis para a organização, ou a perda de oportunidades lucrativas e única. Por este motivo, as DESPESAS, muitas vezes poderiam ser facilmente evitadas, ou pelo menos minoradas.

No entanto, na urgência incessante de enxugar despesas, algumas organizações acabam cometendo erros que podem custar caro no futuro. Por este motivo, o executivo/empresário deve "passar a faca" sem oferecer riscos para a organização, fazendo com que, os resultados de reduções não planejadas, tornem-se um aumento inesperado de custo e retrabalho. Em tempos de crise, o corte imediato de custos se torna uma opção para executivo-empresários que necessitam buscar resultados e crescimento a um curtíssimo prazo.


E, exatamente neste momento que muitos erros começam a surgir. Justamente pela visão imediatista, as decisões são tomadas sem quaisquer estudos preliminar, acarretando sérios prejuízos a organização e proporcionando o crescimento de demandas irreversíveis. Além disto, a tomada de decisões sem um planejamento especifica acarreta sérias conseqüência no que tange a redução laborativa, operacional e qualitativa de colaboradores.


Outra forma equivoca usada por empresa, na busca constante da redução de custos imediatos é a chamada "ECONOMIA DO PALITO DE FÓSFORO", ou seja, são aquelas reduções que não proporcionam uma redução de custo significativa em relação a outras despesas, e que, muitas vezes, pode ser como "um tiro que saiu pela culatra". Como por exemplo: Uma empresa de grande porte, com várias filiais de venda no país, pensa em reduzir custos com os seus colaboradores viajantes, devendo um dos vendedores ficar à sua disposição com um carro. Obviamente que as despesas com taxi acabaram, no entanto além da equipe do setor comercial ter virado "motorista", houve um sério impacto nas vendas. Será que isto valeu a pena? Assim, o grande segredo para não errar na hora de cortes e enxugar custos de uma organização é que, estes, não podem e não devem significar uma eliminação da capacidade de colaboradores gerarem resultados. (talvez seja este o segredo, ou não).


Somos sabedores de que, as reduções de custos geram logicamente e na maioria das vezes um aumento significativo no lucro da empresa. No entanto salienta-se que existem outras questões envolvidas, como por exemplo, os clientes e os concorrentes, pois uma organização que enxuga sem estratégia os seus custos de forma a obter lucros, perde facilmente espaço para concorrência. (é como uma pessoa magra fazer diariamente dieta). Por este motivo a organização deve pensar em crescer aproveitando folgas de recurso e reduzindo custos significativos.


Enfim, os cortes devem ser fruto de uma profunda analise quanto à realidade da empresa. Antes de verificarmos onde ou quanto devemos enxugar, devemos analisar as oportunidades de ganho com a própria estrutura da organização, ou seja, na recuperação de impostos, resultantes de um processo de planejamento tributário e fiscal, redução no custo com telefonia, redução na rotatividade de funcionários, o que acarreta um enorme custo tributário, redução na manutenção desnecessária de almoxarifado, utilização de papeis reciclados para impressão de documentos, redução no custo do serviço terceirizado, dentre outras reduções significativas.


Portanto, deve-se sim, estabelecer cortes significativos nos custos da empresa, no entanto sem proporcionar a redução laborativa e a qualidade de vida de colaboradores o que sem dúvida acarretará um impacto irreparável nos números, além de um passível que pode se tornar impagável.

Um comentário:

  1. Muito bom o post Ricardo. Eu sempre levo um lema em relação a isso que minha mãe sempre me disse: "O Barato as vezes sai caro". Ou seja, realmente toda e qualquer redução de custo deve ser avaliada. Abraço!

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