Os custos de Falhas são aqueles
associados a falhas internas ou externas, dependendo se o produto encontra-se
ou não no cliente. Sendo assim, esses custos são subdivididos em Custos de
Falhas Internas e Custos de Falhas Externas.
Os Custos de Falhas Internas são
aqueles decorrentes da produção de peças defeituosas, antes de que elas cheguem
ao cliente, por exemplo:
·
Refugo, peças rejeitadas e retrabalho de peças.
·
Reinspeção de lotes / estoques.
·
Paradas de produção devido a peças defeituosas.
·
Retrabalho.
·
Sucata.
·
Materiais inutilizáveis.
·
Reengenharia de produção.
·
Repetição de testes.
Os custos incorridos neste estágio na
realidade são prejuízos, resultando na diminuição do resultado econômico da
empresa.
A ocorrência desses custos na maioria das
vezes está relacionada a ineficiência na aplicação de recursos nos custos de
prevenção, principalmente no que tange à capacitação do corpo funcional.
Em algumas situações a falta de gerenciamento
desses custos pode fazer com que a empresa seja vítima de percentuais
extremamente exagerados, pois o peso dos custos de falhas internas quando não
otimizados podem se tornar relevantes diante dos demais custos.
Os Custos de Falhas Externas são
aqueles associados aos produtos que chegam com defeitos para o cliente.
Exemplos dessa categoria são:
·
Custos de devolução do produto.
·
Reparos no período de garantia do produto.
·
Custos de investigação para descobrir o(s)
defeito(s).
·
Processos judiciais acionados pelo cliente.
Os custos por falhas externas afetam o perfil
da qualidade do produto ou serviço gerando tanto custos mensuráveis como não
mensuráveis, podendo muitas vezes tornar o negócio inviável, dependendo da
dimensão que tomar.
Por exemplo, se determinado fabricante de
automóveis realizarem um recall de um lote de veículos devido a um problema detectado na caixa de
direção, dependendo da maneira com for exposta esta situação a seus clientes
com certeza despertará falta de confiabilidade na qualidade do produto, podendo
produzir receio na aquisição de veículos daquele modelo.
Outra situação que podemos ter é o fato de
determinada marca de monitores de computador queimar dentro do prazo de
garantia e, embora não haja nenhuma intenção do fabricante de dificultar a
realização da troca, o mercado começa a responder com a menor procura deste
produto.
Portanto, extrapolamentos na exposição
negativa da empresa pode levá-la a sofrer consequências relevantes, inclusive a
sua inviabilidade ou de seu produto.
Além desses, os custos mais
difíceis de serem coletados e analisados são aqueles associados com a
existência de produtos de baixa qualidade, em função de defeitos onde não foram
detectadas as causas. Dessa forma, o fornecedor ou fabricante do produto tem
grandes perdas devido à perda de clientes, perdas devido à divulgação da má
qualidade do produto pelo cliente, ou gastos de lidar com o cliente de forma a
satisfazê-lo para que ele mantenha fidelidade na compra do produto.
Entretanto, nem todos os custos
da qualidade se enquadram nas categorias especificas de Custo de Prevenção,
Avaliação e Falhas. Por exemplo, o custo de inspecionar a matéria prima pode
ser visto com um custo de avaliação (busca de defeitos) ou como custo de
prevenção (evitar que a matéria prima com defeitos cause problemas no processo
de produção). Em tais casos, a alocação dos custos numa categoria ou em outra
de seguir um critério consistente para classificação dos custos pela empresa.
Essa classificação, ao longo do tempo, poderá fornecer conclusões úteis para
alocação dos custos e determinação de prioridades para sua redução ou
eliminação.
Por onde os chineses contabilizam seus custos de falhas ? Essa é ótima !
ResponderExcluirBoa sorte, paz e luz.